quinta-feira, 19 de março de 2015

Não tão felizes para sempre...

     Muitos de vocês devem se perguntar porque, na grande maioria das vezes, as novas postagem são contos de fadas. Eu sou uma amante da leitura, sempre lendo livros e revistas. As ficções e os contos de fadas estão entre os meus livros favoritos (não é atoa que, aos poucos, estou montando minha biblioteca pessoal). Os livros nos permitem viajar para lugares diferentes e muitas vezes inexplorados, nos fazem rir, chorar, vibrar e nos emocionar com as histórias de seus personagens.

A imagem mostra um pouco dos meus livros (as prateleiras dois e três da estante contam com livros na parte da frente e de trás). Estes são os livros que estão temporariamente na casa da minha mãe (aproximadamente 156 livros), e na minha casa tenho vários outros.
Fonte: arquivo pessoal

     Cada livro encerra em si um encanto peculiar próprio dele. Mas, afinal, porque os contos de fadas?
     Primeiramente porque seria muito complicado transcrever aqui um livro inteiro para vocês (mas não se preocupem, em breve começarei postar alguns resumos/resenhas de livros que já li ou que estou lendo no momento).
     Segundo porque os contos de fadas nos levam até outra realidade, onde sempre temos alguém batalhador (na grande maioria das vezes uma moça muito bonita que encontra alguém, como uma madrasta ou irmãs, que farão tudo para a vida dela dar errado) que passa por diversos testes até obter uma recompensa no final (o famoso "felizes para sempre").
     No entanto, nem sempre os contos de fadas foram destinados para o encanto e fascínio do público infantil. Inicialmente, estes contos eram feitos para adultos (muitas vezes carregados de pornografias, serviam como diversão na época), e com o passar do tempo foram sofrendo mutações até se tornarem contos infantis, repletos de orientações morais e ensinamentos.
     Atualmente, temos grande facilidade em encontrar os contos em suas versão originais na internet. Apesar da dura realidade que enfrentamos diariamente, como todos os problemas do dia-a-dia, seria "chocante" para muitas pessoas conhecer as histórias originais e não as versões infantis, que acabam sendo um ponto de fuga da triste realidade adulta.
     Como seria saber que na verdade Chapeuzinho Vermelho foi devorada pelo lobo e ninguém veio em seu socorro? Ou então saber que as irmãs de Cinderela, sedentas pela oportunidade de se tornarem esposas do príncipe, cortam fora partes de seus pés para que os mesmos caibam no sapatinho? Quem sabe nos espantamos quando lemos que a Bela Adormecia é "estuprada" pelo príncipe enquanto dorme ("O rei que descobre Tália num castelo abandonado já é casado, mas fica tão arrebatado de desejo que 'colhe dela os frutos do amor' enquanto ela ainda dorme") e a mesma acorda quando um de seus dois filhos, gerados nesse encontro, suga a lasca de linho sob seu dedo que a fazia dormir?
     Por mais grotescos que nos possam parecer essas histórias, as mesmas passaram por grandes mudanças ao longo dos anos, se adaptando perfeitamente para o encanto de adultos e crianças, quem vibram por seus personagens favoritos.
     Quem nunca se apaixonou pela aparência interior da Fera de a Bela e a Fera? Ou nunca se entristeceu com o começo difícil do Patinho Feio, até sua ascensão à cisne? Ou nunca torceu para que o príncipe encontrasse logo Cinderela, e a mesma fosse feliz com seu amado e longe de toda a maldade de sua madrasta e suas irmãs?
     Realmente, sou suspeita a falar sobre o encanto que os contos de fadas lançam sobre nossas mentes e até mesmo nossos corações. Eles conseguem nos prender de uma tal maneira, que é difícil não acabar até mesmo "participando" da história, porque munidos de um livro e nossa imaginação, conseguimos romper barreiras e sermos quem nós quisermos, da forma que desejarmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário