quinta-feira, 25 de junho de 2015

A onça e o lobo

     Não sei o que aconteceu, mas hoje decidi escrever uma fábula (realmente, o tipo de texto que eu não gosto de escrever). Mas não é que saiu?! E olha que eu até gostei, por isso decidi compartilhar aqui com vocês para poder ter outras opiniões. Escrevi a fábula usando características de dois escritos conhecidos, porém de épocas diferentes: Esopo e La Fontaine.
   Esopo escrevia pequenas histórias, que possuíam caráter moral. Os principais personagens eram animais com características humanas.
     La Fontaine, considerado o pai das fábulas modernas, começou escrevendo poemas. Suas fábulas eram escritas com linguagem simples, sempre usando animais como personagens principais e contando com fundo moral.
     Como este tipo textual tem como uma das principais características o uso de animais como personagens principais, usei personagens tão comuns no território brasileiro, dando uma maior nacionalidade à fábula.
     A primeira fábula é espelhada no modelo de escrita de Esopo, enquanto a segunda se espelha no modelo de La Fontaine. Usei a mesma fábula, porém com o modelo de escritores diferentes. Primeiramente deixo um agradecimento mais que especial à minha irmã Luana e ao meu primo Rodrigo: sem vocês e suas ideias não teria escrito a fábula. E agora, fiquem com elas. Aproveitem!


A onça e o lobo

     Vendo uma onça pintada que escutava os sons de um bando de araras azuis, um lobo guará perguntou-lhe porque perdia tempo com esse som irritante. Nisso a onça respondeu: "Alguma vez te incomodei enquanto você apreciava algum som que te agrada?" O lobo refletiu e foi embora, envergonhado, por achar que todos deviam gostar apenas do que ele gosta.

     Moral: A fábula mostra que nascemos com livre-arbítrio e que devemos respeitar os gostos alheios, assim como nossos gostos são respeitados.


A onça e o lobo

     Uma onça pintada
     Ouvindo um bando de araras azuis
     Encontrou-se com um lobo guará
     Que falou: "Ai, Jesus!"

     "Porque perdes tempo,
     Ouvindo este som irritante?
     Deve me seguir pela mata
     E ouvir os belos sons de minha casa um instante!"

     A educada onça respondeu:
     "Alguma vez te incomodei
     Enquanto você apreciava algum som
     Que gostava e eu não gostei?"

     O lobo refletiu e foi embora
     Envergonhado por não se lembrar
     Que nascemos com livre-arbítrio
     E não somos obrigados a aprovar
     O que um só gostar!


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