O doping começou a ser controlado em 1952,
quando atletas participantes dos Jogos Olímpicos foram pegos em posse de
grandes quantidades de drogas, e reforçado quando um atleta morreu durante uma
competição. A partir de 1968 os testes antidoping começaram a ser utilizados. Este
tipo de controle foi crescendo ao decorrer dos anos, até que em 1971, se tornou
obrigatório. Já em 1999 foi criada a WADA (Agência Mundial Antidoping),
responsável pelo controle da dopagem entre os atletas.
Fonte: MONCORVO,
C.; Alguém está contando? abr. 2014. Disponível em < http://www.swimbrasil.com.br/blog/tag/doping/>
Mas, afinal, o que é doping?
Doping (ou dopagem) consiste no uso de
qualquer substância, seja ela algum tipo de droga ou fármaco, na intenção de
obter melhora do desempenho em competições de atletismo. Porém, esta prática pode
trazer diversos riscos à saúde do atleta. Recentemente surgiu uma lista de
substâncias que são proibidas por atletas, onde estão agrupados os seguintes
fármacos: estimulantes (agem sobre o sistema nervoso central), analgésicos
narcóticos (diminuem a sensação de dor), agentes anabólicos (aumentam o tamanho
dos músculos), diuréticos (além de causar a perda de peso, disfarçam o doping),
betabloqueadores (ajuda a diminuir a pressão arterial, mantendo as mãos estáveis)
e hormônios peptídeos e análogos (ajudam a aumentar o tamanho e a potência
muscular).
Fonte: FREUDENRICH,
C.; Por que alguns atletas usam drogas. Disponível em < http://esporte.hsw.uol.com.br/doping1.htm/>
Testes antidoping podem ser realizados de
diversas formas: usando-se urina, cabelo, sangue, plasma e/ou ar expirado.
Estes testes só podem ser realizados por laboratórios credenciados pela WADA, e
os atletas são submetidos a eles sem aviso prévio. Além dos testes, alguns
efeitos colaterais como comportamento agressivo, acne, lesões hepáticas,
sudorese excessiva, choque anafilático, insônia, arritmia cardíaca, acidente
vascular cerebral, cânceres, entre outros, podem contribuir para identificação
do doping.
Recentemente, nos deparamos com o doping
genético, ou seja, a "transferências de células ou elementos genéticos, ou
uso de células, elementos genéticos e agentes farmacológicos para modulação da
expressão de genes endógenos com a capacidade de aumentar a performance
atlética", dentre eles os PPARδ (agonistas do receptor delta ativado de
proliferação peroxissômica) e os agonistas da proteína quinase dependente do
AMP (como os genes GW1516 e o Aicar). A sequência genética “errada” é removida
do cromossomo e no local é integrada uma nova sequência, que conta com
anticorpos específicos para estimular ou inibir a expressão genética.
Fonte: http://anatomia-do-frinxas.blogspot.com.br/2011/06/doping-genetico.html
O
principal teste antidoping é o de urina, afinal é através dela que substâncias
tóxicas são eliminadas. Nele, são analisas 65 ml de urina. O atleta faz a
coleta de urina na presença de um fiscal da competição para evitar possíveis
fraudes. Após análise de pH e volume, a urina é colocada em um frasco de prova
e um de contraprova e enviada para o laboratório. A amostra passa por técnicas
de cromatografia gasosa e espectrometria de massa, que vão separar as
substâncias e depois fragmentar as moléculas e quantificar os pedaços obtidos.
Elas são rearranjadas e comparadas às proibidas. Se o exame der positivo para
alguma substância proibida, é realizado um novo exame com a contraprova. Se o
resultado continuar sendo positivo, o laudo é entregue em envelope lacrado ao
órgão responsável e o atleta é punido.
A
maioria dos testes são feitos usando-se urina e sangue, no entanto muitas
substâncias deixam resíduos por tempo prolongado nos cabelos. Os metabólitos
acabam sendo encontrados nos folículos capilares conforme o cabelo cresce.
Então, para realizar a Análise em cabelo, o laboratório coleta uma amostra do
cabelo do atleta. Nesta amostra são realizados testes de cromatografia gasosa e
espectrometria de massa, passando pelo mesmo processo do teste de urina. A
vantagem é que o folículo capilar pode apresentar substâncias usadas há mais de
90 dias. Ele vem sendo considerado o mais confiável, porém o mais caro dos
testes antidoping.
Em
algumas substâncias, possuímos valores para comparação dos resultados, em
outros casos, como anabolizantes, não existem dados para realizar a comparação.
A melanina é a responsável pela ligação do fármaco ao cabelo, fazendo com que a
cor possa influenciar nos testes, afinal cabelos castanhos e pretos possuem
mais melanina que cabelos louros e vermelhos. O tipo e a grossura do cabelo
também podem influenciar, pois, cabelos mais grossos e negros acumulam mais
substâncias que os cabelos louros e finos. Tratamentos capilares também podem alterar
os resultados, fazendo com que o fármaco presente nos folículos decline de 30%
a 80%. Nestes casos, é recomendado a coleta de pelos pubianos para realização
dos testes.
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