domingo, 2 de novembro de 2014

Doping - O que é e como identificar

O doping começou a ser controlado em 1952, quando atletas participantes dos Jogos Olímpicos foram pegos em posse de grandes quantidades de drogas, e reforçado quando um atleta morreu durante uma competição. A partir de 1968 os testes antidoping começaram a ser utilizados. Este tipo de controle foi crescendo ao decorrer dos anos, até que em 1971, se tornou obrigatório. Já em 1999 foi criada a WADA (Agência Mundial Antidoping), responsável pelo controle da dopagem entre os atletas.

Fonte: MONCORVO, C.; Alguém está contando? abr. 2014. Disponível em < http://www.swimbrasil.com.br/blog/tag/doping/>

Mas, afinal, o que é doping?
Doping (ou dopagem) consiste no uso de qualquer substância, seja ela algum tipo de droga ou fármaco, na intenção de obter melhora do desempenho em competições de atletismo. Porém, esta prática pode trazer diversos riscos à saúde do atleta. Recentemente surgiu uma lista de substâncias que são proibidas por atletas, onde estão agrupados os seguintes fármacos: estimulantes (agem sobre o sistema nervoso central), analgésicos narcóticos (diminuem a sensação de dor), agentes anabólicos (aumentam o tamanho dos músculos), diuréticos (além de causar a perda de peso, disfarçam o doping), betabloqueadores (ajuda a diminuir a pressão arterial, mantendo as mãos estáveis) e hormônios peptídeos e análogos (ajudam a aumentar o tamanho e a potência muscular).

Fonte: FREUDENRICH, C.; Por que alguns atletas usam drogas. Disponível em < http://esporte.hsw.uol.com.br/doping1.htm/>

Testes antidoping podem ser realizados de diversas formas: usando-se urina, cabelo, sangue, plasma e/ou ar expirado. Estes testes só podem ser realizados por laboratórios credenciados pela WADA, e os atletas são submetidos a eles sem aviso prévio. Além dos testes, alguns efeitos colaterais como comportamento agressivo, acne, lesões hepáticas, sudorese excessiva, choque anafilático, insônia, arritmia cardíaca, acidente vascular cerebral, cânceres, entre outros, podem contribuir para identificação do doping.
Recentemente, nos deparamos com o doping genético, ou seja, a "transferências de células ou elementos genéticos, ou uso de células, elementos genéticos e agentes farmacológicos para modulação da expressão de genes endógenos com a capacidade de aumentar a performance atlética", dentre eles os PPARδ (agonistas do receptor delta ativado de proliferação peroxissômica) e os agonistas da proteína quinase dependente do AMP (como os genes GW1516 e o Aicar). A sequência genética “errada” é removida do cromossomo e no local é integrada uma nova sequência, que conta com anticorpos específicos para estimular ou inibir a expressão genética.

Fonte: http://anatomia-do-frinxas.blogspot.com.br/2011/06/doping-genetico.html

O principal teste antidoping é o de urina, afinal é através dela que substâncias tóxicas são eliminadas. Nele, são analisas 65 ml de urina. O atleta faz a coleta de urina na presença de um fiscal da competição para evitar possíveis fraudes. Após análise de pH e volume, a urina é colocada em um frasco de prova e um de contraprova e enviada para o laboratório. A amostra passa por técnicas de cromatografia gasosa e espectrometria de massa, que vão separar as substâncias e depois fragmentar as moléculas e quantificar os pedaços obtidos. Elas são rearranjadas e comparadas às proibidas. Se o exame der positivo para alguma substância proibida, é realizado um novo exame com a contraprova. Se o resultado continuar sendo positivo, o laudo é entregue em envelope lacrado ao órgão responsável e o atleta é punido.
A maioria dos testes são feitos usando-se urina e sangue, no entanto muitas substâncias deixam resíduos por tempo prolongado nos cabelos. Os metabólitos acabam sendo encontrados nos folículos capilares conforme o cabelo cresce. Então, para realizar a Análise em cabelo, o laboratório coleta uma amostra do cabelo do atleta. Nesta amostra são realizados testes de cromatografia gasosa e espectrometria de massa, passando pelo mesmo processo do teste de urina. A vantagem é que o folículo capilar pode apresentar substâncias usadas há mais de 90 dias. Ele vem sendo considerado o mais confiável, porém o mais caro dos testes antidoping.
Em algumas substâncias, possuímos valores para comparação dos resultados, em outros casos, como anabolizantes, não existem dados para realizar a comparação. A melanina é a responsável pela ligação do fármaco ao cabelo, fazendo com que a cor possa influenciar nos testes, afinal cabelos castanhos e pretos possuem mais melanina que cabelos louros e vermelhos. O tipo e a grossura do cabelo também podem influenciar, pois, cabelos mais grossos e negros acumulam mais substâncias que os cabelos louros e finos. Tratamentos capilares também podem alterar os resultados, fazendo com que o fármaco presente nos folículos decline de 30% a 80%. Nestes casos, é recomendado a coleta de pelos pubianos para realização dos testes.

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